sexta-feira, 11 de junho de 2010

O Caso do Lavrador Agostinho




O caso do lavrador Agostinho está repercutindo em todo o país e quem sabe chegará aos olhos do mundo. As pessoas estão perplexas e horrorizadas com tamanha crueldade. Ver as crianças ali, relegadas à própria sorte, morando de forma precária, sem acesso à educação, à saúde, ao básico necessário para uma sobrevivência digna e ainda sofrer tamanha perversidade por parte daquele que as deveriam proteger, traz à tona sentimentos de tristeza e indignação. Muitos vêem apenas um tipo de violência: A VIOLÊNCIA SEXUAL, mas também está ali, sucumbido, embaçada em 2º plano, o que poucos percebem ou que preferem não comentar, a VIOLÊNCIA SOCIAL. Viver naquela situação parece que não é o suficiente para causar ojeriza e mal estar, ou o suficiente para questionar: o que está fazendo o poder público?
O trabalho desenvolvido pela Deputada Eliziane Gama deu fim a um ciclo que poderia continuar se reproduzindo por anos e anos, e este trabalho sim, é louvável. Mas louvável também seria se tivesse sido interrompido antes, com um trabalho sério de autoridades comprometidas com o bem-estar social de todos.
Não podemos negar que há sim responsabilidade do lavrador, mas também não podemos tirar a parcela de culpa do poder público, que relega a segundo plano as comunidades mais pobres e depois se diz perplexo com as mazelas dos excluídos.

Eliana Rose, relações públicas

INTERESSES POLÍTICOS

Na época do governo de Jackson Lago muitos blogs, programas jornalísticos de rádio, TV, impresso destacavam a situação precária em que se encontrava o Estado, principalmente quando o assunto era segurança pública.

Com a entrada de Roseana Sarney no governo parece que esses assuntos foram esquecidos, ou ao menos, estão sendo tratados com menos revolta por alguns profissionais jornalistas e meios de comunicação.

Surge então, na mídia maranhense, ou em boa parte dela, um outro foco, que sai de assuntos de responsabilidade do governo do Estado e passa para assuntos como a situação precária de ruas, Praças, feiras, etc. em bairros da periferia, atentando sempre para o fato de que se trata da responsabilidade da Prefeitura, mais especificamente do prefeito, como se essas deficiências fossem novidades, ou como se essa situação fosse culpa de uma única pessoa.

Não escrevo aqui com o intuito de defender esse ou aquele governo estadual ou municipal, mas escrevo com um sentimento de revolta pelo modo como os meios de comunicação vêm tratando os problemas sociais, usando-os e ‘defendendo’ a população, mostrando seus problemas com desprezo e sem a mínima vontade de vê-los resolvidos, apenas como mero instrumentos para atingir seus inimigos políticos.

Eliana Rose, graduada em Comunicação Social, Relações Públicas